grândola, vila morena historia

«Sabíamos que tínhamos gravado uma canção que traduzia um sentimento coletivo muito forte, claro, e por isso mesmo pusemos todo o nosso empenho, toda nossa força interior na gravação, mas não podíamos imaginar a vida que a canção haveria de ter depois». Os escritores de canções exercem o seu mister na esperança de que o que escrevem tenha pelo menos uma vida, o que nem sempre se revela fácil. "Grândola, Vila Morena" ye'l quintu tema del álbum, grabáu n' Herouville , Francia ente'l 11 d'ochobre y el 4 de payares de 1971. Produzido por Write CSS OR LESS and hit save. Por uma razão muito simples: havia uma estrada mesmo ao lado que durante o dia tinha algum trânsito, o que iria prejudicar a gravação. … Nem todas as canções podem, portanto, ser como «Grândola Vila Morena», uma canção quase-felina que conheceu pelo menos seis vidas.O guitarrista Fernando Alvim recorda, na reedição de Cantigas do Maio, que a canção nasceu a 17 de maio de 1964, na viajem de regresso de Grândola, onde o cantor se tinha apresentado na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, na mesma noite que Carlos Paredes. Ás 00:25 do dia 25 de Abril de 1974, "Grândola, Vila Morena" foi tocada no programa "Limite", da Rádio Renascença. «É uma canção intemporal», defende Francisco Fanhais, não é um panfleto ligado a uma circunstância específica: afinal de contas já existia antes do 25 de Abril; o poema existe desde 1964, e continuou a existir». "Grândola, Vila Morena" is a Portuguese song by Zeca Afonso, that tells of the fraternity among the people of Grândola, a town in the Alentejo region of Portugal.

No início deste ano, «Grândola Vila Morena» voltou a fazer-se ouvir, desta vez invertendo a ordem natural das coisas que dita que normalmente o intérprete é conhecido e o ouvinte anónimo: a 15 de fevereiro de 2013, «Grândola» interrompeu um discurso de Pedro Passos Coelho na Assembleia da República e depois disso ganhou eco em vozes anónimas que a usaram para silenciar membros do governo.Francisco Fanhais encara este «renascer» da canção de forma natural: «cantarem a "Grândola" outra vez, pegarem nas palavras que reclamam "em cada rosto igualdade" equivale a que as pessoas digam que isto não pode continuar assim». Historia El cantar incluyóse nel álbum Cantigas do Maio , grabáu n'avientu de 1971 , discu que cuenta colos arreglos y direción musical de José Mário Branco.

Em cada esquina, um amigo Em cada rosto, igualdade Grândola, Vila Morena Terra da fraternidade.

Grândola, Vila Morena, que desde 1964 tinha perdido uma estrofe ("Capital da cortesia / Não se teme de oferecer / Quem for a Grândola um dia / Muita coisa há-de trazer") e ganho outra ("À sombra de uma azinheira / Que já não sabia a idade / Jurei ter por companheira / Grândola, a tua vontade"), transpôs para som a homenagem do poema.

Fanhais refere-se ao papel do tema na madrugada de 25 de Abril, mas também mais tarde, durante o Período Revolucionário em Curso, quando «Grândola Vila Morena» assumiu a dimensão de hino. Começou aí outra vida da canção, a de hino de resistência. Só mais tarde, quando recomeçaram os ataques fascistas e a Grândola era cantada nos momentos de maior perigo ou entusiasmo, me apercebi bem de tudo o que ela significava e, naturalmente, tive uma certa satisfação».A outra vida de Grândola, a que se estende até ao presente, é a que passa por Amália deu-lhe voz logo em 1974, mas houve mais quem a cantasse, dando-lhe vestes diversificadas, do rock (UHF, Autoramas), ao jazz (Charlie Haden, Zé Eduardo Unit) passando pelo balanço tropical (Nara Leão) ou pelo sotaque mais europeu (Pascal Comelade). Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Por isso, às três da manhã lá fomos nós, lembro-me que fazia muito frio, a arrastar os passos numa zona onde havia uma gravilha que criou aquele efeito que se ouve na gravação. Each quatrain in the song is followed by a quatrain that repeats the same lines in reverse order.